Projeto para o novo estádio do Avenida abrigaria
também um centro comercial
Ser torcedor de um clube de futebol é estar ligado à paixão, ao
fanatismo, ao amor a um determinado clube. Esse amor faz os torcedores
criarem novas expectativas quanto ao futuro da equipe que torcem, novas
ambições, novos ares. É isto que projeta o estudante do Curso de
Arquitetura e Urbanismo da Unisc e torcedor do Avenida, William Karlo
Pappen Maurin. William, que atualmente mora na Espanha, onde faz um
intercâmbio na Faculdade de Sevilla, criou um projeto de um novo estádio
para o Avenida e salienta que não o fez a pedido de ninguém, somente
por ser torcedor do Avenida e estar fazendo uma proposta de urbanismo
para a área que já existe no local: “Sou torcedor do Avenida toda a
minha vida, sempre quis fazer um projeto para um novo estádio do clube e
também valorizar aquela área que é um ótimo ponto da cidade, mas não
está sendo bem usado. Acho que fazer um complexo esportivo e comercial
naquela área valorizaria essa zona”.
William pensa grande, e além de abrigar os jogos do clube
santa-cruzense, o estádio abrigaria eventos e outras atrações dentro de
um espaço amplo de atividades: “É um projeto conceitual, pensando em um
futuro empreendimento para Santa Cruz do Sul. Precisamos de um espaço
cultural, tanto para jogos que é uma paixão do brasileiro quanto para
maiores eventos, dando maior estrutura para os santa-cruzenses viverem
essas experiências de entretenimento. O projeto pode ser facilmente
repensado e adaptado dependendo das necessidades do clube e da
comunidade.”
Segundo William, o projeto consiste em uma arena multiuso, com dois pavimentos abaixo, com lojas e uma grande vitrine direcionada para as ruas do contorno da quadra. Abrigaria também uma área reservada para as instalações do clube e vagas de estacionamento. Também teria acesso a duas torres de salas comercias para escritórios e em cima seria a arena multiuso, com uma esplanada ao redor que também daria apoio a futuros eventos. Haveria espaço para um restaurante panorâmico, camarotes, e espaço para imprensa e equipe técnica. De um lado, o estádio seria mais alto com três níveis, onde estão essas áreas citadas, e do outro seriam dois níveis com a possibilidade do restaurante panorâmico. Todos os lugares teriam cadeiras e o estádio abrigaria cerca de 20 mil lugares. Em cima, existiria uma cobertura que cobriria 100% dos lugares e daria forma ao estádio. Na parte externa haveria um canteiro central na Rua São José para organizar o tráfego em dias de eventos, sinalizando melhor o local, com faixas de pedestre com mais zonas de segurança e estacionamentos mais protegidos.
Perguntado se cogitou conversar com os diretores do Avenida sobre a possibilidade da viabilização do projeto, William diz que não, mas dadas as condições que se avizinham para o nosso país na sequência, um projeto desse porte não deveria ser descartado para Santa Cruz: “Fiz um projeto bem conceitual para que pudesse ser realmente pensado e acredito que deveria ser feito um empreendimento com um valor estético importante. Podemos ver que muitas cidades estão investindo em projetos como esse, certamente o modo de ver os jogos em estádios vai mudar muito depois da Copa do Mundo do ano que vem no Brasil. Passaremos a ver que o jogo vai ser algo para fazer com a família, com segurança e conforto, e também usar os estádios para outros fins, como eventos, shows, e entretenimentos em geral.” A ideia e o projetos estão lançados.
Confirma mais fotos do projeto de William Maurin:
Arena abrigaria áreas comerciais no seu entorno: criação é iniciativa de torcedor
que estuda Arquitetura e Urbanismo
Jornal Riovale