A Arena parece um teatro, em que o torcedor vai para
cadeira com um sanduíche e um refrigerante
Vanderlei Luxemburgo pediu apoio. O treinador do Grêmio usou a entrevista coletiva de segunda-feira para tentar mudar o comportamento dos aficionados na Arena. Segundo o técnico, o estádio tem "clima de teatro", é "gelado" mas precisa pulsar como o Olímpico. Para isso, ele clama pela volta dos instrumentos na torcida.
"Nosso torcedor sempre foi o centroavante do time. E tem que ser convocado. Na Arena a gente ainda se sente um pouco fora de casa. A torcida precisa nos abraçar. Era assim no Olímpico. Quando alguém começava a vaiar, a Geral fazia com que parasse. Essa demora na liberação daquele espaço, dos instrumentos, nos prejudicou muito. Cria um clima diferente. Aquela torcida é importante no passado recente do clube. A Arena parece um teatro, em que o torcedor vai para cadeira com um sanduíche e um refrigerante. Não sabem que o time precisa do apoio", reclamou Luxa.
A presença de instrumentos na torcida depende de dois fatores. O primeiro está praticamente vencido e é o cadastro dos responsáveis pela banda na Brigada Militar. O segundo, no entanto, é mais complicado. A administradora do estádio precisa encontrar um lugar para os músicos permanecerem durante a partida. Como a arquibancada está interditada e não cabem instrumentos entre uma cadeira e outra, a única saída seriam as escadas de acesso. "É algo bastante difícil", comenta Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-Alegrense, que administra o estádio.
UOL
UOL